sexta-feira, 4 de abril de 2008

Circustâncias.

Rene Magritte

Cedo ou tarde chega a hora do confronto: como expectadora, uma noite fria e mal dormida de outono que facilita a instrospecção solitária. De um lado, a ilusão que luta para se mater em pé diante à frieza quase incontestável da realidade dos fatos. O confronto está selado, e a única sensação que fica enquanto forças opostas tentam sobrepujar a verdade é traduzida numa única pergunta:


Onde eu estava esse tempo todo?


Saio de um entorpecimento quase absurdo, louco e cego, e sou jogada sem aviso numa batalha onde não tenho armas para lutar.


Onde estão as minhas armas?


É ensurdecedor o grito que minha alma cala. É caótico e confuso onde estou agora.

Não sei onde estou, nem porque estou e sequer como fui jogada aqui. Como sobrevivo, não sei, se fujo ou se fico.O que sei, é que minha rotina permanecerá a mesma e a minha expressão vai ser de suavidade e serenidade com um sorrisinho espontâneo para os que cruzarem o meu caminho. Mas sei que aqui dentro, não vejo, não ouço, não creio. Lamento.

Um comentário:

Renata disse...

e c ainda consegue me surpreender...
:)